
Os problemas provocados pela guerra na Ucrânia vão além da destruição imposta pela Rússia ao país vizinho desde o mês de fevereiro.
Os fertilizantes da agricultura exportados pelos russos viraram preocupação para países como o Brasil, que ainda depende da importação de mais de 85% dos fertilizantes utilizados no país, segundo a Associação Nacional para Difusão de Adubos.
Nesse aspecto, o Amazonas voltou a ser lembrado por contar com reservas de silvinita, importantes na extração do potássio consumido pelos campos do país.
A atividade, que há décadas o estado tenta protagonismo mas era pouco lembrado, deve movimentar a economia regional, que prevê só na cidade de Autazes, a 113 Km de Manaus, a geração de oito mil empregos.
O assunto está em pauta no Ministério da Agricultura, e as reservas de potássio no país ganharam novamente atenção diante da situação no mundo.
Reservas no Amazonas
Diferentes regiões do Amazonas contam com depósitos de silvinita, o minério que possibilita a extração do potássio.
Em fevereiro de 2021, o Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM), empresa pública ligada ao Ministério de Minas e Energia (MME), descobriu novos depósitos de Potássio na bacia do Amazonas.
De acordo com o estudo do SGB/CPRM, até o momento, pode-se afirmar a existência de depósitos em Nova Olinda do Norte, Autazes e Itacoatiara, com reservas em torno de 3,2 bilhões de toneladas de minério, além de ocorrências em Silves, São Sebastião do Uatumã, Itapiranga, Faro, Nhamundá e Juruti.
De acordo com o MME, com as novas descobertas, o Amazonas tem potencial para atender até 70% da demanda de potássio do Brasil.
O minério é um dos mais importantes para fabricar fertilizantes utilizados nas lavouras. O mineral é largamente utilizado para aumentar a produtividade no campo e, com o nitrogênio e o fósforo, forma a tríade presente nas formulações NPK. O Brasil é um dos maiores consumidores.
